terça-feira, 29 de dezembro de 2009

2010 - Ano NOVO!

Nesse pouco tempo que resta para 2009, todos os dias quando acordo, fico pensando o que é que eu vou planejar para o ano que já está batendo na porta. Sim, porque alguma coisa precisa mudar, ser diferente, se não o ano não é novo, é só igual. É o mesmo que olhar o tempo passar; e, definitivamente, isso não combina comigo.
Às vezes me acho um tanto quanto contraditória: me sinto tão angustiada de não saber direito o que quero, o que posso fazer diferente; mas por outro lado, se eu já soubesse perderia o desafio de sonhar e planejar, e reinventar.
Fico pensando que nesse ano tanta coisa me atropelou; e passou rápido demais pra mim, que preciso de um pouco mais de tempo pra organizar os pensamentos, as estratégias e vontades. O preço de não sentir as coisas no meu tempo é que isso me transforma em alguém automatizado, que monta e desmonta sem estudar o manual. E o gosto disso pra mim, é que me transformo em uma máquina que não quero ser.
Na verdade, muitas vezes não queria estar entregue a uma cultura que inventaram pra mim, me entregar ao dinheiro que o ser humano precisa pra sobreviver. Eu queria mesmo é não precisar de dinheiro, porque aí sim eu seria livre pra fazer realmente o que me satisfaz a alma, sem o preço de não estar sendo recompensada por aquilo que todo mundo fez parecer a coisa mais importante do universo; porque a minha visão de recompensa está ligada ao prazer. A minha cultura me faz trocar o prazer pelo dinheiro, e eu, como um ser humano (mesmo que não queira) igual a todos, também faço parte dessa cultura chata, mas – admito - necessária.
A prova mais clara disso, é que nunca tive tanta dificuldade de organizar as palavras que quero como agora. Me sinto perdida, porque não tenho mais tempo, nem energia para me dedicar ao prazer de escrever meus confusos sentimentos. E por mais que eu apague e reescreva não vai ficar bom o bastante. Só não parei por aqui porque talvez precise exercitar
.


E quando acordo e me pergunto o que é que eu quero para 2010, não sei me responder. Mas ainda me orgulho de não ter ficado feliz com a minha rotina, pois isso faria de mim uma pessoa estacionada, quando meu prazer é estar em movimento, rumo aos meus “novos” objetivos. Aos que me amam: nunca me deixem dizer que está bom assim, que não quero mudar nada; essa não seria a Gabi que eu to construindo.
Mas graças a Deus, eu também tenho uma parte acomodada de mim. Não quero mudar as pessoas que eu amo, que me cercam; não quero deixar de acreditar que Deus não está só na Igreja, mas sim em mim, comigo; quero continuar a entender mais minha própria espiritualidade, minha evolução; quero cursar até o último dia a minha faculdade tão amada (e sacrificante), com as pessoas mais lindas, que conheci naquele lugar, que me fizeram crescer (...)
Se tem uma coisa que 2009 me ensinou, e que preciso perder a vergonha cultural de admitir, é que eu odeio responsabilidades. Principalmente odeio obrigações. Que coisa chata essa de ser adulto! E que coisa brega essa de achar que ser adulto é necessariamente cumprir obrigações à força. Talvez por isso eu relute em crescer. Mas agora não tem jeito, infelizmente não posso voltar atrás.
Só o que preciso é encontrar algo que contrapese as responsabilidades chatas. Algo que me deixe tão feliz a ponto de não me importar com isso. Acho que é isso que todos deveriam fazer para não chegar ao ponto de olhar para sua própria vida e achar que ela é um saco.
Aliás, eu poderia resumir tudo isso que escrevi dizendo mais uma vez que a minha felicidade é renovar. É encontrar alguma coisa nova que me dê prazer e correr em direção a ela. E esses meus desejos nunca são mais fortes do que nesse período tão propício para mudanças, que é a chegada de um novo ano.
O que quero de verdade é que 2010 seja realmente novo, e não só o fim de 2009. Que não seja um “ano novo”só no nome.
Quero realizar, mudar, crescer, evoluir, ajudar, errar muito, acertar mais, cair muitas vezes, levantar sempre (...)
Quero me encontrar e ir atrás da minha realização. Mas o principal é para onde quer que seja, que eu vá sempre acompanhada das pessoas que escolhi pra minha vida. Porque se eu não tiver com quem dividir tudo isso, é melhor que fique tudo igual.
Obrigada a todos que rechearam meu 2009, e fizeram parte de um ano inteiro de evolução e mudanças. Que 2010 me reserve muitos outros desafios, para que eu possa cumprir a minha missão de proporcionar orgulho a todos os meus escolhidos.

domingo, 13 de setembro de 2009

Felicidade


Se há alguma coisa que me inspire a escrever é a vida, a amizade, o amor (em todas as formas). São as pequenas coisas que me fazem feliz. Porque, na minha opinião, felicidade é isso!
É sair à noite com aquelas pessoas especiais, é comer a minha comida preferida com coca-cola, é receber um abraço de quem eu amo, é poder tirar o sapato quando ele me aperta, e rir de qualquer bobagem, é ir para a faculdade mesmo quando as aulas são aquelas que eu nem gosto muito...
Parece tão pouco. Mas para mim, tudo isso é melhor que dinheiro, “melhor que chocolate”, e cada coisinha pequena dessa, são tudo o que eu preciso para compor minha felicidade.
Aliás, acho que o contrário da felicidade é passar a visa esperando por algo tão grandioso, que seja a coisa mais feliz que pode te acontecer, sendo que todo o resto do tempo não foi feliz, foi apenas busca; uma busca que irá render apenas as primeiras horas de plena felicidade, depois passa. Porque o mais importante não é a chegada, é o caminho até lá!
Eu sei que a minha felicidade não depende de mais ninguém, a não ser de mim. E acho até que é isso que me torna mais feliz. É simples e mágico assim: posso ser feliz a hora que eu quiser!
É como poder comprar alguma coisa sem se preocupar como limite do cartão... Mas bem mais gratuito. Nenhuma fatura chegará depois, para cobrar o preço da minha felicidade. Falo é de paz espiritual.
Quando se é criança, tudo é feliz. Porém, quando adulto, a felicidade estará diretamente ligada à maturidade de cada um. Acho que maturidade significa descobrir um monte de coisas sobre a vida, que sejam tão duras a ponto de acabar com o seu conto de fadas, e mesmo assim, ter a sensação de que todas essas descobertas aconteceram na hora certa, para nos ensinar a viver.
Esse é o ponto em que você deixa de acreditar em príncipe encantado e passa a acreditar em homens cheios de defeitos, mas que por um motivo chamado amor, sabe te fazer feliz; em que você deixa de acreditar que todas as amizades são para sempre e passa a acreditar em pessoas especiais, mas normais, que colorem a sua vida; e aí pode ser para sempre ou não, pode ter sido bom o tempo que durou.
Passa a aprender todos os dias que nem sempre o momento que você mais precisa é o que terá todas as pessoas que ama à sua volta, sem achar que elas são ruins, apenas entendendo que elas não são você; e desde que as amou, amou como são!
Aí então, você para de querer dividir as pessoas entre vilãs ou mocinhas; tudo mundo é um pouco dos dois!
Nesse momento, você aprende a não se decepcionar quando alguém não faz o que você esperava que fizesse. Apenas porque cada um é como é, e ninguém vai entender aquilo que faz sentido apenas para você.
Gosto mesmo é de escrever sobre a vida, porque é nesse momento que, ao querer compor algo simples e sábio, descubro que eu sei mais coisas sobre a vida do que pensava que sabia, e descubro também, que sei muito menos coisas sobre a vida do que alguém incrivelmente sábio deve saber. O dia que souber tudo perderei a razão da minha vida... a de descobrir todos os dias alguma coisa que me faça crescer e aprender algo novo. Não terei mais nada a escrever, tudo poderá ficar restrito em apenas um texto de ensinamentos, um dicionário de coisas a fazer para alcançar a felicidade.
Só o que quero é ser sempre mais mocinha do que vilã, ser sempre UM POUCO mais coração do que razão, ter sempre um abraço para dar e uma coisa boa para dizer, mas não quero ser grande o bastante nunca.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Ser Brasileiro ...


Temos uma cultura rica, temos a cidade maravilhosa e o cristo redentor; temos belezas que pessoas do mundo todo são atraídas a conhecer. Temos lindas praias, belas paisagens, as mulheres consideradas as mais bonitas e “gostosas” do mundo; temos o carnaval. Temos Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo (...).
E só nós, brasileiros, sabemos quantos problemas também temos. Aliás, os nossos problemas estão muitas vezes estampados também nas capas dos jornais do mundo todo. Nossos conflitos, problemas sociais e a violência do nosso país também são muito conhecidos. Porém, somos nós, brasileiros, que respiramos corrupção, violência e desigualdades a todo o tempo. Somos nós quem vive essa realidade.
São tantas causas muitas vezes já enumeradas para os nossos problemas, que sempre começam com as desigualdades raciais e sociais. Hoje em dia parece tudo muito bem dividido de fora, quando na verdade estão todos misturados, por trás dos perfis idealizados pela sociedade.
Fácil dizer que todo favelado é bandido; mais fácil ainda dizer que todo policial é honesto e trabalha pra nos proteger. Porém na prática não é assim. Aliás, na prática os papeis se invertem a todo o tempo. Favelado é também inocente; policial é também bandido.
Talvez o grande problema seja esses tabus que criamos. É tudo muito pré-conceituoso. As pessoas estão taxadas como um todo. E pensando como seres humanos individuais; no fundo sabemos que nem todo favelado é bandido, e que nem todo policial é sujeito honesto. É simplesmente mais fácil e “prático” tratar as coisas assim, como um todo. Afinal, hoje em dia está tudo mais claro quanto aos papéis dos principais personagens da nossa sociedade. Diante de tantos acontecimentos, tantas provas da corrupção na polícia, tanta violência desnecessária, tantos inocentes morrendo, tantos traficantes impunes; talvez nossa visão da sociedade possa estar mudando, inclusive depois da hora.
É realmente hora de uma visão menos taxada das pessoas e seus papéis na sociedade. Temos muitos exemplos de favelados honestos, inocentes; como de favelados talvez acostumados com o papel que a sociedade impôs, e agindo como bandidos que disseram para ele serem; e foram. Muitos exemplos de policiais honestos, empenhados em combater o crime e contribuir para a segurança da sociedade; como aqueles que impedem esse trabalho honesto, escolhendo ficar do lado oposto, ajudando o crime a proliferar, e assim, anulando todo o trabalho suado de toda uma sociedade com vontade de mudar. São esses os principais culpados: os bandidos disfarçados de homens da lei. Assim como traficantes e usuários do trafico (os patrocinadores), disfarçados de pessoas de bem, de classe média alta.
Não é a toa que esses nossos evidentes problemas sociais sejam alvo do foco do cinema brasileiro. É isso que conhecemos bem e sabemos contar. Às vezes de forma injusta, contada por um ponto de vista preconceituoso e burguês; às vezes de forma justa, como cidadãos que realmente participam dessa realidade, e assim, com mais autonomia para denunciar os realmente culpados.
Filmes como “Tropa de Elite” e “Cidade de Deus” nos mostram claramente que ser brasileiro é estar no meio de uma grande mistura de raças e papéis sociais que a nossa sociedade ainda não tem capacidade de pré-definir.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Muito além das palavras


Certa vez alguém me disse que “meu olhar tem poder”.
Às vezes fico me perguntando se eu já sabia, ou se descobri depois que me disseram. Porque depois disso, eu realmente passei a acreditar, com todas as minhas forças.
Na verdade, alguns acontecimentos pessoais me fizeram sentir que sou muito mais forte do que pareço ser, e que meu espírito tem um propósito muito bonito por aqui, mas que ainda não o conheço.
Acho que a partir daí, comecei a acreditar, do mais profundo sentimento que há em mim, que eu preciso encontrar algumas das almas que um dia conheci – ou quem sabe apenas uma -, e que me fizeram bem; ou não. Aquelas que, de alguma forma, estiveram muito presentes em minhas vidas.
Porém escolhi não pensar muito nisso, não fazer disso meu objetivo diário; uma busca incansável. Até porque, acho que não é assim que se encontra o que, ou quem estou procurando. Não é o tipo de coisa que quem procura acha. É quase o contrário. Quanto menos procuro, é quando, como uma surpresa da vida, encontro.
Acho tudo isso um desejo, uma busca muito pessoal. Não me perguntem o porquê escrevo, num lugar onde todos possam ler. Sou alguém que precisa transformar sentimentos em palavras para que me compreendam, mas ao contrário do que possa parecer, não escrevo tudo. E aquilo que não escrevo, apenas uma pessoa que me conheça profundamente - a ponto de entender sem que eu diga – consegue perceber. Assim como disse Clarice Lispector, “suponho que me entender não seja uma questão de inteligência, mas de sentir; entrar em contato” – é mais ou menos isso.
Por isso mesmo não digo que minha vida é um livro aberto, não é! Se fosse um livro, seria para pouquíssimos leitores. Só para aqueles que soubessem folhear as páginas com o mesmo carinho com que foram escritas. E eu sei muito bem quem são “os meus leitores”. Dedico a eles tudo o que escrevo. Todos os bons sentimentos que saem do meu coração e se transformam em minhas palavras. Só assim faz sentido.
Tenho tanto a agradecer a essas pessoas que me refiro em silêncio, sem nome, sem propaganda. Simplesmente porque quem é, sabe.
E dentre tantas pessoas especiais que eu conquistei pra minha vida, há também aquela que me conquistou sem notar, sem saber a proporção de todas as mudanças que provocou em mim. E nunca saberá. É o meu tesouro, só meu; e eu não faço questão de expor. Faz parte daquela outra parte que eu não escrevo, mas que quem precisa sabe e sente.
É disso que eu estou falando. As minhas almas de luz. As que ainda não escontrei, e as que já sei quem são.

terça-feira, 31 de março de 2009

A arte de fazer um jornal diário - Ricardo Noblat


Em “A arte de fazer um jornal diário”, Ricardo Noblat trata de assuntos indispensáveis para qualquer jornalista ou aprendiz dessa profissão. Numa linguagem muito bem escrita, Noblat conta suas experiências como jornalista e cita exemplos de outros tantos, nos fazendo refletir a quais desses exemplos devemos seguir ou não.
O autor deixa claro durante toda a trajetória do livro que o jornal impresso está chegando ao fim por motivos muito claros, mas que os jornalistas insistem em ignorar.
O jornal impresso foi o primeiro meio de comunicação em massa, foi uma grande descoberta e uma grande ferramenta para grandes acontecimentos. Porém as coisas mudaram muito daquela época pra cá. A tecnologia tomou conta do mundo, e a concorrência cresce a cada dia. Hoje em dia, além do jornal impresso há outros tantos veículos de comunicação como a televisão, e mais recentemente, a internet. Isso quer dizer que o jornal precisa conquistar todos os dias seus leitores, pois aquilo que ele irá ler, provavelmente já terá visto na TV. Então por que comprar um jornal? É o que Noblat responde.
Segundo ele, é por isso mesmo que esse meio de comunicação está chegando ao fim. Jornalistas estão se esquecendo de sê-lo verdadeiramente, pois não usam aquilo que têm, ou deveriam ter: o tal do faro jornalístico. Os donos dos jornais por sua vez, estão achando que a propaganda é a alma do negócio. Pode até ser, mas não quando o negócio é um jornal.
Em busca de lucros, muitos jornais contêm mais publicidade do que jornalismo.
Não é novidade que a leitura é um hábito de poucos, e que, nesse caso, os telejornais substituem muito bem o jornal impresso. São mais dinâmicos e também transmitem notícias, inclusive com mais agilidade do que o impresso.
Noblat nos chama para essa realidade. Já que para produzir um jornal ocupa tempo, e que, por isso as notícias chegam mais devagar, devemos saber aproveitar esse tempo e não perder para ele. O jornal não terá mais utilidade quando transmitir as mesmas notícias e da mesma forma, sem nada a mais do que um telejornal. Aí sim caberá a pergunta: Por que comprar um jornal?
Se os jornais ainda têm leitores é por que ele não é dispensável, e tem o seu valor. Se as pessoas que trabalham para compor o jornal todos os dias souberem usar a arte da escrita a seu favor, ficará cada vez mais claro que o jornal impresso não é, e não será substituível, mesmo com tanta tecnologia.
Além dessa questão polêmica, Noblat aborda vários temas de forma genial, com uma pitada de bom humor, e muita paixão pela profissão que tanto defende. Uma obra fascinante, e ouso dizer que quase filosófica, pelo modo com que nos faz parar e refletir antes de recomeçar a leitura. Mesmo assim não deixa de nos dar respostas.
Até mesmo o título “A arte de fazer um jornal diário” foi muito bem escolhido. São ensinamentos dados por um respeitável artista que conhece muito bem a sua própria arte, e tenta transmiti-la para, e somente para os futuros profissionais que reconheçam que o jornalismo, antes de ser uma profissão, é uma arte apaixonante. Mas somente para os realmente apaixonados.

domingo, 22 de março de 2009

Minhas mudanças "particulares"

Eu começaria assim: “A vida é um constante recomeço!”.
Então talvez eu não esteja começando...


Às vezes me pego pensando em tudo o que vivi até hoje, e me pergunto até que ponto viveria tudo novamente, até que ponto as minhas experiências me machucaram ou me curaram. Aliás, de tudo, acho que é nisso que mais penso. Por vezes desisto de pensar, mas logo REcomeço.
Pode ser que eu esteja passando por aquela fase crítica e dolorida da adolescência, de descobrimento interior. Ou pode ser que por essa eu já tenha passado e esteja revendo os meus conceitos. E esse é um deles: conceitos podem mudar todos os dias. Ao passo que tenho opiniões minhas, baseadas em certezas minhas, nada me impede de ouvir opiniões alheias e mudar de posição. Isso não é feio, sequer indica falta de personalidade. Pontos de vista diferentes me atraem.
Sou como uma boa geminiana: em constante mutação! Posso decidir mudar totalmente o rumo da minha vida hoje. E nem é fácil ser assim, mas “eu prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo (...) eu quero dizer, agora o oposto do que eu disse antes” – Mestre Raul Seixas.
E de verdade, prefiro! Experiências de vida acentuam em mim, cada vez mais, essa característica mutante. Não gosto de me preocupar todos os dias com o mesmo problema; é nostálgico demais pra mim. Que venham mais desafios. E então, quando tudo passar poderei me lembrar com carinho das noites de sono que não perdi por causa deles. Ou talvez não, pode ser que eu esteja muito ocupada vivendo.
Aliás, viver me ocupa demais... é uma das poucas coisas da qual eu nunca me canso. O maior amor da minha vida é a minha vida!
Enquanto eu viver posso mudar várias vezes de opinião, posso mudar o rumo da minha vida quantas vezes mais. Só viver me proporciona isso. Por isso, dentre tantas escolhas que já fiz, a principal delas é VIVER! Todos os dias de modo diferente, para que não me pareça sempre igual. Afinal isso me cansa.

“Sou como você me vê. Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania, depende de QUANDO e COMO você me vê passar”. – Clarice Lispector

segunda-feira, 2 de março de 2009

Indignação de uma futura jornalista FORMADA!

Andam dizendo por aí que qualquer um pode ser Jornalista, sem nem precisar estudar pra isso.
É impressionante até onde chegaram os interesses políticos desse país. São capazes de tudo mesmo; inclusive de transformar uma imprensa já problemática, numa verdadeira palhaçada.
Sim, porque é justamente isso que irá acontecer.
Então quer dizer que o nosso digníssimo presidente Lula poderá até apresentar um programa de TV se ele quiser? Porque dinheiro pra investir ele tem, não é? E me parece que é só disso que se vai precisar pra construir uma carreira.
Aí então, só fica faltando a inteligência, a ética, o profissionalismo, a credibilidade! Acho que não deve ser tão importante assim.
Não estamos falando apenas de um insignificante papel chamado diploma. Estamos falando do que ele representa.
E eu como estudante de Jornalismo, digo que representa estudo, dedicação. Sabem o que é?
Representa grandes aprendizados que ninguém nasce sabendo; como responsabilidade social e construção de formadores de opinião éticos.
E o pior é que os defensores dessa idéia ridícula não fazem nem questão de um argumento convincente. A “desculpa” é que qualquer pessoa pode ter o DOM de escrever, de se comunicar! (RISOS, muitos risos).
Isso é o que eu chamo de uma justificativa burra! E é “nisso” que se transformarão os futuros jornalistas se essa lei burra for aprovada.
Qualquer pessoa mais ou menos inteligente e que conhece essa linda profissão sabe que não se trata de DOM, apenas.
Ou acham que esse meu texto, estando bem ou mal escrito, veio do berço?
Não queridos, estou com muito orgulho estudando pra me tornar uma jornalista com muito esforço FORMADA, para defender a sociedade de pessoas assim, que insistem em “formar” cidadãos burros (como se eles fossem muito inteligentes, afinal, para políticos não é exigido diploma), para poder transformar nosso país em qualquer porcaria que sejam do interesse deles, burros.

domingo, 4 de janeiro de 2009

Sede de viver...





Assim como disse Clarice Lispector: “Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro”.
É exatamente assim que me sinto, querendo desabrochar para o mundo; querendo descobrir o que é que eu quero. Talvez eu esteja perto, ou quem sabe ainda bem longe.
Só o que já sei, é que sinto cada vez mais uma paixão imensa por esse caminho que escolhi seguir, uma paixão ainda mais imensa por aprender cada dia uma coisa nova e que me modifique. Logo eu, que adoro mudar!
Naquele lugar que chamam de “faculdade”, eu chamo de “escola de viver”. Lá eu vivo, eu existo só pra mim. Acho que ninguém me nota, mas lá eu vivo a vida que é minha, a vida que eu quero viver todos os dias. É lá que as pessoas me ensinam o que eu quero ser. Pessoas chamadas Professores e outras chamadas amigos. De verdade nem sei com quem aprendo mais.
Mas sinto que estou no lugar e no caminho certo. É assim que eu quero existir.
Mentiria se disesse que, quando estiver no caminho da profissão, não quero reconhecimento nem dinheiro, mentiria! Quero sim, porém não é o que MAIS quero. Quero é viver pra isso, quero é continuar a me sentir como me sinto quando ainda estou apenas aprendendo.
Aquilo que chamam de “profissão” quero chamar de “MINHA VIDA”!
Não, não quero alterar qualquer coisa no mundo, quero só viver a vida que escolhi. Quero desabrochar!... Minha louca sede de viver!